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Casal de Itaperuna percorre o país para participar de diversas competições de bike

Alexander e Mônica moradores da cidade de Itaperuna, região noroeste fluminense do Rio de Janeiro, descobriram no ciclismo o prazer de praticar esporte.

Acervo pessoal

“Nós somos um casal de ciclistas – Alexander e Mônica, com 48 e 46, professor universitário e supervisora de ensino, respectivamente”.

Alexander é profissional de Educação Física e ela Pedagoga e Advogada. Ambos são funcionários da prefeitura de Itaperuna e são casados há 21 anos e com 4 filhos.

– A nossa história no ciclismo se inicia em 2014, após o nascimento da nossa quarta filha. Nós já éramos profissionais com a vida estabelecida. Mas, com excesso de peso e maus hábitos alimentares. E, colecionávamos desculpas. Além disso, por conta de um problema de saúde da adolescência na Mônica, foi diagnosticado uma coxa-artrose com indicativo de cirurgia.

Como vocês resolveram definitivamente mudar de vida?

– Então, resolvemos dar um restart! Inicialmente, devido ao problema da Mônica, só poderíamos fazer natação e/ou ciclismo. O objetivo era perder peso, fortalecer a musculatura e preservar o espaço articular.

Então, escolhemos o ciclismo e compramos duas MTBs de passeio e começamos a pedalar. Inicialmente, só pequenas distâncias para fazer uma adaptação do corpo. Ao mesmo tempo, iniciávamos os treinos de musculação.

Mesmo não tendo informações sobre como era a prova do AUDAX, vocês decidiram participar, como foi essa preparação?

 – Em janeiro de 2015, soubemos que haveria uma prova de Audax na nossa cidade, em julho, de 200km. Nem sabíamos o que era. Começamos a treinar, aumentando as distâncias. Até que procurando na web, descobri que teria uma prova em Rio das Ostras, em maio. Assistimos muitos vídeos e fomos fazer a prova, sendo que a maior distância que havíamos pedalando era de 115km.

Para nossa surpresa, concluímos a prova em um tempo excelente e a Mônica foi a primeira mulher a terminar.

Acervo pessoal
Acervo pessoal

O ciclismo tomou conta da vida de vocês?

– A partir daí, virou cachaça! Rsrs. Fizemos também a prova de Itaperuna, com o mesmo resultado, e iniciamos nas competições de Ciclismo e outra prova de Audax 200k.

 – Em 2016, nós conseguimos completar a primeira super série, que é a sequência de uma prova de 200k, 300k, 400k e 600k. Quando completa a série, você recebe o título de Super Randonneur (SR). O Alexander completou duas super séries e o primeiro 1000k. Talvez, nesse ano, nós tenhamos feito a viagem mais longa, porque fomos fazer o Audax 600k de Bage (RS), próximo à fronteira com o Uruguai. Viajamos dois dias, de ônibus, avião e carro; e, mais dois dias para voltar. Participamos também de competições de Ciclismo, com alguns bons resultados; entre eles, a Mônica ficou em segundo lugar na categoria open feminina no Campeonato Estadual de Ciclismo do RJ.

 – Em 2017, além de completarmos a super série e sermos SRs, iniciamos nas competições de Ciclismo e MTB de forma mais intensa. A Mônica foi campeã Capixaba de contrarrelógio e segunda no ranking carioca. O Alexander teve alguns pódios no Rio e no Espírito Santo. Mas, em dezembro, ela fez a cirurgia da Artroplastia Total do Quadril (ATQ), que é a colocação de uma prótese interna.

 – Nos últimos meses, o objetivo foi a preparação para a cirurgia. Os primeiros meses de 2018 foram de recuperação, com muita musculação e treino funcional. Nesse ano, o foco ficou todo nas provas de Audax, rapidamente, concluímos a super série. Além disso, o Alexander fez 3 de 600k e mais uma de 1000k. As provas de Ciclismo foram deixadas de lado porque 2019 foi o ano de Paris-Brest-Paris, que é considerado a Copa do Mundo do Audax.

 – Em 2019, tudo ia dentro do planejamento até que o quadro da bike do Alexander quebrou. Junto com os custos da viagem para Paris, ficou inviável a nossa participação. Nem conseguimos concluir a Super Série e nem participamos de provas de Ciclismo. Em dezembro, fizemos o Audax 200k de Bertioga (SP).

Acervo pessoal
Acervo pessoal

 – Em 2020, iniciamos com as provas de Audax 300k de Itanhaém e os 400k de Atibaia, ambas em SP. Mas, depois veio a pandemia. Treinamos sozinhos e, por ideia da Mônica, participamos de um desafio virtual de pedalar 3000k, no mês de maio. Esse desafio foi punk! Mas, ótimo também! Tivemos que manter uma média de 100k por dia e completamos com um dia de sobra. Participamos de algumas provas promocionais, com alguns pódios.

 – Em 2021, o ano prometia, com a melhora do cenário pandêmico, iniciamos a super série. Mas, não foi possível fazer a prova de 600k, devido ao recrudescimento da pandemia. Quando retornou, entramos com tudo nas provas de Ciclismo. Tivemos ótimas colocações e uma regularidade nas etapas da Copa Rio. Participamos também de competições para o ranking nacional e no Gran Fondo de Brasília. Também competimos de MTB, com bons resultados, porém o calendário não permitiu um foco maior.

Assim, Mônica terminou em 4ª. no ranking carioca e 6ª. No brasileiro. O Alexander ficou em 7º. no carioca e 34º. no brasileiro.

“Recentemente, a Mônica recebeu o convite para participar da equipe feminina Wild Cycling”. Disse Alexander

Para a temporada 2022, a Mônica recebeu o convite para participar da equipe feminina Wild Cycling. A primeira equipe 100% feminino do estado Rio de Janeiro, que além de divulgar ciclismo feminino também pedala com propósito de defesa das causas meio ambientais. 

Ainda no final de 2021, foi realizada uma clínica de velódromo, onde montaram duas bikes de pista e iniciaram uma adaptação. “Quem sabe?”, brinca Alexander, que também salientou a importância de agradecer os apoios: Academia CEMEDFIT, Pantera Bike Shop, Bicicletaria Performance, Manipulados da Itapharma Suplementos, Nutricionista Ismar Figueira, Fisioterapeuta Caike Gama e a Rocha Suplementos.

Matéria: bike & vida em parceria com Alexander e Mônica

Fotos: acervo pessoal

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