Bike Night acontece toda quinta-feira no bairro de São Cristóvão
Mais de 150 pessoas motivadas por uma paixão em comum: andar de bicicleta. Chova ou faça sol, toda quinta-feira, às 19h, os amantes do ciclismo de toda a Região dos Lagos se reúnem em Cabo Frio para pedalar pelas ruas da cidade em ritmo leve. Amadores e profissionais são guiados por um carro de som que toca hits atuais e que é animado por um dos idealizadores do evento, Daniel Ribeiro. Semanalmente, participantes de todas as idades pedalam aproximadamente dez quilômetros.
projeto começou com apenas cinco pessoas e, ainda que o grupo tenha aumentado bastante, a ideia principal continua a mesma: construir uma cidade mais sustentável e cobrar da prefeitura a construção de ciclovias e ciclofaixas. A proposta, segundo Ribeiro e Wellington Alves, os idealizadores do passeio, é incentivar o uso da magrela como forma de alcançar esses objetivos.
— Aqui não tem ciclovia, só alguns metros de ciclofaixa. É muito perigoso pedalar sozinho. Queremos incentivar o uso da bicicleta, trazer lazer e qualidade de vida para as pessoas, e mobilidade para a cidade — explica Ribeiro.
Como começar?
A concentração acontece sempre na Rua Expedicionário da Pátria, no bairro de São Cristóvão, mas o percurso varia. Algumas paradas são feitas ao longo do trajeto e, no final, sempre há um jantar coletivo, patrocinado por apoiadores. Durante todo o caminho, batedores voluntários vão fazendo a segurança juntamente com guardas municipais que ficam atrás da multidão. Dog Bike, um cachorrinho vira-lata, também ajuda a espantar os carros que se aproximam dos ciclistas. Late para todos.
Os ciclistas dizem que, no início, há um ano e meio, eram chamados de vagabundos, mas hoje recebem apoio da população. E dizem que querem atrair cada vez mais participantes. O aposentado Mario Bispo, por exemplo, tem 65 anos e participa do Bike Night há um ano e quatro meses. Ele conta que ganhou sua primeira bicicleta aos 33 anos e que, depois de se mudar de Roraima para Cabo Frio, resolveu começar a pedalar. Hoje, ele até participa de campeonatos, inclusive de mountain bike.
— O primeiro percurso que fiz tinha uns 13 quilômetros. Agora faço 80 só de morros. Pedalar independe da idade, basta querer. É só juntar a técnica com a vontade. Sou um incentivador do Bike Nigtht. Isso é uma grande família — diz.
Fonte: O Globo