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O Cicloturismo em minha vida

Por Igor Sena

Entrei para o mundo das duas rodas na década de 90, na cidade de Serrinha, minha terra natal, onde eu e minha família moramos por quase três anos. O bairro da Cidade Nova onde morávamos, tornou-se cenário das minhas primeiras pedaladas com muitas aventuras, das quais aos poucos e sem que eu percebesse foi a ponte que me colocou em contato com a prática do autoconhecimento.

            Em 1993, minha família mudou-se para a cidade de Salvador e por motivos de adaptações ao meio urbano, tive que me afastar da bicicleta. Sempre que alguém passava pela rua de bicicleta eu me recordava de minhas aventuras com a bicicleta amarela pela cidade de Serrinha.

            A grande volta ao mundo dos pedais se deu no ano de 2016, depois de me ver diante de uma crise onde a rotina de trabalho, faculdade e relacionamento pareciam-me sufocar. Em meio a esse caos surgiu a oportunidade de comprar uma bicicleta usada que meu padrinho estava vendendo, nada de muito especial, a bicicleta era uma Houston aro 26, com quadro de ferro e peças bem básicas, resumindo, uma bicicleta de mercado, mas o grande passo o retorno aos voltar aos pedais.

Comecei a fazer pedais solo pela cidade de Salvador onde a quilometragem foi aumentando gradativamente. A cada pedal eu me sentia um garoto pelas trilhas e ruas da minha cidade natal. De certa forma os problemas foram amenizando e o caos no qual eu estava atravessando naquele momento, foram ficando para trás.

          Ainda sentia falta de alguma coisa, um amigo de escola que acompanhava minhas pedaladas me indicou um documentário chamado Transpatagônia produzido pelo Guilherme Cavallari, em seguida encontrei vários outros ciclistas como Thiago Fantinatti, Carol Emboava, Juli Hirata, Danilo Perrotti, Olinto e Rafaela, e assim estava aberta a porta para o mundo do Cicloturismo. Em maio de 2018 realizei minha primeira Cicloviagem percorrendo 100km pelo Litoral Norte de Salvador até lugar chamado Praia do Forte.

Durante o caminho descobri que havia acabado de encontrar o que me faltava, a ponte reestabelecia, e assim, o cicloturismo passou a fazer parte de minha vida, sendo uma prática até os dias de hoje. Me motivou a criar o projeto “Por aí”, que mais tarde se tornou o “Dialogando Por Aí”, que tem como objetivo registrar minhas Tripp’s e Cicloviagens.

            É fato, cicloviajar transforma.

Texto e fotos: Igor Sena (Colaboração)

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